terça-feira, 9 de outubro de 2012

Anacã, Ararajuba e Ararinha azul

A Anacã é uma das espécies de papagaios mais vistosas da Amazônia. Possui uma gola de penas longas, bordadas de azul, ao redor do pescoço e, quando excitada, a ave levanta esse linto ornato em forma de leque. A cabeça é Bruna, o dorso e as asas são verdes. O ventre é azul com manchas vermelhas e verdes. A cauda é longa. vive em bandos que variam de cinco a mais de uma dúzia de animais. O nome vem da vocalização, pois ao voar grita "anacã! anacã! anacã!", chamando seus colegas e mantendo a integridade do bando. Faz seus ninhos em buracos de árvores mortas, inclusive nos elaborados por pica-paus, com quem briga frequentemente. Botam de 2 a 5 ovos, que são chocados entre 24 e 29 dias. Também conhecida pelos nomes de anacá, curica-bacabal, hia, papagaio-de-coleira e vanaquiá, a Anacã é uma ave essencialmente amazônica, que se assemelha a um gavião. O destaque principal de sua figura na mata é o grande cocar de penas encarnadas que apresenta, além de uma larga faixa azul, que lhe confere uma beleza ímpar. A fêmea, neste caso, é um pouco maior que o macho.

A Ararajuba tem o porte de um Papagaio, parecida com uma Arara e dona de um exclusivo colorido amarelo-ouro, com verde-bandeira na extremidade das asas, a Ararajuba é uma ave que chama a atenção. É também um dos poucos psitacídeos, entre os abordados nesta série, encontrados somente no Brasil. A única espécie existente – a Guarouba guarouba, também conhecida como Guaruba guarouba – é originária exclusivamente dos Estados do Amazonas, Pará e Maranhão. Por todos esses atributos, há quem conclame as entidades ornitológicas e a sociedade brasileira a tornar a Ararajuba um símbolo nacional oficial. O tráfico ilegal e, principalmente, a destruição do hábitat da Ararajuba, formado por palmeiras e outras árvores que lhe oferecem sementes e frutos oleosos, como cocos, bem como sua restrita área de distribuição, colocam essa ave como “vulnerável” na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, do Ibama. O Brasil tem o projeto Ararajuba, um trabalho de preservação realizado por meio de parcerias com zôos, Ibama e iniciativa privada. 


A ararinha azul é uma espécie que só ocorre na região do Nordeste brasileiro, em especial nos estados da Bahia, Piauí e Maranhão e áreas úmidas do sertão, onde riachos temporários permitem a existência de árvores mais altas, característica típica da região, no extremo norte da Bahia ao sul do Rio São Francisco. Apresentam características especiais, pois ao longo de sua vida têm apenas um parceiro, formando casais fiéis por toda a vida. Se algum deles morre, o outro permanece sozinho ou apenas se integra a um novo grupo. A ararinha-azul faz ninho em ocos de árvores bem altas e antigas. Em decorrência de corte indiscriminado de árvores da caatinga, aonde restam apenas árvores mais jovens, não tão desenvolvidas e altas, têm dificultado em muito a reprodução desta espécie, inclusive sua adaptação às novas condições. O maior responsável pelo desaparecimento desta ave é o homem devido ao intenso tráfico. Os compradores são atraídos pela sua bela cor azul e principalmente pela ganância de possuir uma espécie tão rara. Um exemplar da ararinha-azul chega a custar no mercado negro milhares de dólares.



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Cabure, Ema e Saíra- Verde

O caburé (Glaucidium brasilianum) é uma espécie de ave estrigiforme pertencente à família Strigidae. A menor das nossas corujas medindo 16,5 cm de comprimento. Plumagem amarronzada no dorso e sbranquiçada com manchas marrons na face inferior do corpo. Quase não existe diferença entre os sexos, sendo a fêmea um pouco maior que o macho. O Habitat  é em regiões florestadas, beira de mata e cerrado Ocorrência – quase todo o Brasil. Hábitos vocaliza tanto a noite quanto de dia. Alimentação – aves menores, rãs, lagartixas e pequenas serpentes. Reprodução – constrói o ninho em árvores ocas ou em buracos feitos por pica-paus.

A Ema é uma ave pernalta de grande porte. É uma ave corredora que, pela incapacidade de voar, lembra o avestruz da savana africana. Aliás, acredita-se que tenham um ancestral comum. Mas se as asas não lhe servem para voar, desempenham papel importante na corrida, pois funcionam como uma espécie de leme, ajudando a ave a equilibrar-se e a mudar de direção. Plumagem macia e cinza; sem cauda. Os machos possuem o pescoço negro, quando adultos. São dotadas de boa visão. Desenvolve a maior velocidade nas corridas, cerca de 60km/h. No mundo, só perde para o avestruz, que alcança os 80km/h. São aves rústicas que sobrevivem à seca; por outro lado, não suportam grandes períodos de chuvas pois suas penas não são impermeáveis e o excesso de umidade pode ser fatal para os filhotes. Alcançam 2 m de altura, peso de 36 Kg e envergadura de 1,50 m. quando está muito calor, a ema dorme durante o dia, só saindo à tardinha em busca de alimento. Terrestres por excelência, saem em disparada quando assustadas. Descansam sentadas sobre os tarsos; dormem com o pescoço esticado para a frente ou dobrado para as costas. Gostam de tomar banho. Vivem em bandos e procuram companhia de ovelhas, vacas e veados campeiros. Bebe pouca água.


 O Saíra-Verde mede 13,5 cm de comprimento. Bico e base do bico pretos. Garganta amarela-escura com pequena mancha central-superior negra. Fronte e área ao redor dos olhos azul-turquesa. Dorso, asas e cauda verdes com listras pretas e pequena mancha amarelo-escuro no encontro das asas. Parte inferior verde com listra central amarela.
Habitat – pontos elevados da Serra do Mar, da Mantiqueira, do Caparaó, de Ibitipoca e do Caraça, nas capoeiras e nas matas em regiões montanhosas.
Ocorrência – região Sudeste, do Espírito Santo ao Paraná e Minas Gerais.  vive em grupos de 8 a 10 indivíduos. Foi observado nessas aves o ato de "formigar-se", que consiste em agarrar formigas vivas com o bico e introduzi-las entre as penas, evidentemente para gozar o efeito cáustico do ácido fórmico.
Alimentação – frugívoro
Reprodução – primavera-verão
Ameaças – destruição do habitat e caça para o tráfico de animais silvestres.